Jose Carlos da Silva: Livro Como nascem os anjos
A Criança-anjo e o arco-íris
Quando era criança me disseram que no fim do arco-íris havia um pote de ouro.
Pensei logo: “Nossa” vou ser “dono” de um tesouro.
Nos anos que sobravam da meninice, armado de um estilingue, eu tornei-me um intrépido caçador de arco-íris.
Certa vez, enquanto atravessava um campo em desabalada carreira, com os olhos fitos nas cores do horizonte, caí.
A serpente da desesperança, que sempre espreitava, deu o bote e me picou. Destilou todo seu veneno, mortal para os sonhos nascidos puros.
Quando levantei o arco-íris ainda estava lá, mas eu não queria continuar, havia perdido a FÉ.
Passaram-se os anos e já nem me recordava, mas não era o fim.
Podemos haver desistido do arco-íris, ainda assim, por uma GRAÇA, ele vem até nós. Um dia o arco-íris passou por minha casa.
Trouxe consigo, brincando de “escorregador”, um anjo aprendiz disfarçado de criança especial, um tesouro com o qual não sonhara.
Essa criança-anjo, sem a menor cerimônia, enfiou sua mãozinha dentro do meu peito e segurou meu coração, apertou tanto que quase me matou.
Quando soltou, seus dedos tinham deixado marcas, que inflamam ao sabor dos seus suspiros.
Depois povoou minha casa de sorrisos mágicos, capazes de inebriar a alma, deixando todos meio que “loucos” de felicidade.
Desde então, eu e minha família temos vivido como dizia um poeta (do qual não me recordo): “A vida não é para ser contada pelo número de respirações, mas pelo número de vezes que perdemos o fôlego”.
Autor (a): José Carlos da Silva
Enviado por: José Carlos da Silva
Goiânia/GO
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